Lembro-me que era o ano de 1997, enquanto esperava para
começar a ajudar a realizar um balanço em uma das únicas seis lojas que
existiam do Pão de Açúcar aqui no Rio de Janeiro; folheava o jornal de economia
e lia que a partir daquele ano o grupo Pão de Açúcar passara a negociar ações
na Bolsa de Nova York.
-Pronto, pensava eu; abrir o capital é bom, mas também tem
seu preço.
E o preço veio a partir do ano de 1999 quando o Grupo
Francês Casino em uma só tacada arrematou 25% das ações. Na época havia uma
sintonia maravilhosa entre os investidores franceses e o brasileiro Abílio
Diniz. Era um intercâmbio total com as mercadorias franco-brasileiras. Por aqui eram expostos os produtos do Casino e
na França, os do Pão de Açúcar. Mas, como eu disse tudo tem seu preço e este
preço está sendo pago agora, o do arrependimento; digamos de passagem, mais
sentimental que financeiro. Pois, afinal entregar uma empresa cujo Abílio
praticamente tirou da bancarrota lá pelos meados dos anos 90 e agora é a
primeira no varejo brasileiro, bate realmente um arrependimento. Porém eu quero
fazer uma aposta que no final de toda essa negociação eu ainda lerei a seguinte
notícia: “ Abílio Diniz e Jeans Charles Naouri
acabam de sentar-se a mesa para beber um delicioso champanhe francês.
Esta é a minha opinião depois de 15 anos assistindo o desempenho
deste Grupo Varejista. É uma pena que o varejo brasileiro está se
Monopointernacionalizando. (Americano com o WalMart; Francês com o Carrefour ;Chileno
com Cencosud e agora Pão de Açúcar com o Casino).
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